CÁSSIO GUILHERME, PRESIDENTE DO MOVIMENTO INTEGRALISTA E LINEARISTA BRASILEIRO MIL-B
“ Quero estar presente nas gerações do futuro, para que elas escutem sempre o meu grito de animação e de marcha: Anauê!!” Chefe Nacional Plínio Salgado.
Vamos com esse artigo analisar até que ponto o maior brasileiro de todos os tempos, o Chefe Nacional Integralista Plínio Salgado exerceu a sua genialidade e perspicácia. Esse documento que passamos a descrever e compreender chama-se: “ O Elogio da Ausência”, uma carta que o Chefe Nacional escreveu para os formandos ginasiais da cidade paulista de Jaboticabal, no dia 10 de dezembro de 1934. Tal carta encontra-se disponível no Arquivo de Rio Claro, no Arquivo Nacional Integralista e Linearista como cópia autenticada e também no livro “ Cartas aos Camisas Verdes” de 1935, livraria José Olimpio, as páginas 09 a 20. Esse livro é uma compilação de cartas e mensagens do Chefe nas suas peregrinações pelo Brasil, e vai mostrar a preocupação do Homem que comandava mais de 800.000 adeptos de um Movimento Moral, que nunca propôs amealhar cargos políticos, nem benesses de qualquer sorte ou matiz e nem os concedeu a ninguém, mas que despertou no povo brasileiro o maior espírito cívico da História do Brasil, e pela primeira vez até então, conclamou os caboclos brasileiros a aceitarem de maneira efetiva sua brasilidade.
Jaboticabal estava em festa naquele dia 08 de dezembro de 1934. Mais de 5000 pessoas esperavam o Chefe Nacional; concentraram-se 4 legiões de Camisas Verdes, ou seja, mais de 1300 milicianos( na época ainda existiam as Milícias), cujos passos ecoaram pela “ cidade integralista” de Jaboticabal, mesmo título concedido a cidade pioneira de Rio Claro. O Chefe Nacional seria o paraninfo da turma de Humanidades do ginásio e cartazes foram espalhados com a figura do Chefe Nacional e grande literato Plínio Salgado. Seria o maior evento da História de Jaboticabal e da região. Alfredo Buzaid e Rui de Arruda, dois “ baluartes da grande causa da pátria” haviam estado na cidade dias atrás e anunciaram estrondosamente a presença do Chefe. A emoção das pessoas demonstrava o caráter soberbo e grandioso do movimento Integralista, e da esperança de todos em construírem uma política nova e aguerrida, revolucionária, que limpasse toda a patifaria política que existia desde então. Fanfarras e rojões estrilavam por toda parte da cidade. E… o Chefe Nacional não foi a festa. Por quê?? Em 10 de dezembro de 1934 o Chefe Nacional escreveu a carta que selaria o destino do Movimento Integralista para as gerações futuras.
Nessa carta, o Chefe Nacional pontificou de uma vez por todas que o Integralismo era um movimento ideológico e doutrinário, não uma agremiação política ou associação de classe, nem uma confraria de pessoas bem intencionadas, nem um grupo amorfo de pagãos aduladores. Mesmo que em 1935 a AIB viesse a se transformar num partido, a mensagem do Chefe seria perene e sobreviveria a todos os empecilhos do futuro. Quis deixar o Chefe uma lição eterna àqueles Integralistas que viessem a surgir no futuro. Disse o Chefe na carta: “… Não me tivestes comvosco; tivestes, entretanto, a nossa idéia. Tivestes, no dia da vossa formatura, a sensação do adulto. Entre vós e o Integralismo, nada se interpoz. Minha presença daria à vossa festa o cunho de afetividade pessoal. Minha ausência deu a Ella o cunho altíssimo de um culto ao pensamento…”. Nesse trecho, o Chefe Nacional esclareceu sobre os objetivos sagrados do Integralismo. A noção de Integralismo é uma noção de idéia, de fé numa doutrina, de pensamento futuro, de renovação, de revolução, de entrega espiritual e física, de congregação e confronto da verdade. Jamais o Integralista seria meramente um adorador de ídolos ou bajulador de profetas. O Integralista deveria entender o espírito revolucionário do Movimento e jamais se entregar a vantagens pessoais no altar da escravidão da mentira e da indiferença da verdade. Disse ainda o Chefe Nacional: “ …Vêde: todos esses erros provêm de uma só enfermidade nacional: a adoração dos homens, dos manipanços, dos buddhas, dos tabus, dos medalhões, dos caudilhos, dos chefes de clan. Vós tendes uma coisa superior: – uma idéia. Tendes uma superioridade: – o vosso pensamento político. Tendes uma energia prodigiosa: – a força que se renova em cada nova geração. Não sois contemporâneos do Brasil de hoje, sois contemporâneos do Futuro…” Nesse trecho podemos identificar o arcabouço do que foi, do que é e deveria ser a Doutrina Integralista e a Revolução vindoura . Muitos Integralistas e pessoas que pensavam ser Integralistas não entenderam a mensagem do Chefe após 1938, clara e límpida essa mensagem. Não existem e nunca existiram Donos do Integralismo, não existe registro em cartório do Integralismo, não existem Donos da Verdade do Integralismo. Quem aje dessa maneira desrespeita a idéia integralista e o desejo do seu fundador. O Chefe Nacional acendeu a chama da revolução, que se tornou uma fogueira e depois um incêndio incontrolável. O Chefe Nacional já não poderia ser o Bombeiro para apagar o fogo da esperança na transformação da realidade nacional. Nesse ponto, as gerações advindas cometeram alguns equívocos. Várias dessas gerações de Integralistas e ex-Integralistas pós-1938 não retomaram a iniciativa do Movimento por que o senhor Plínio Salgado não autorizou!! Isso certamente foi um erro de todos. O Integralismo não passou mais a pertencer e nem nunca pertenceu ao senhor Plínio Salgado, mas tinha como pedra fundamental o Chefe Nacional Plínio Salgado. As duas entidades jamais poderiam ter se confundido. Disse ainda o Chefe:”… Essa idéia é a columna de fogo que nunca deixareis de seguir.Na hora da confusão nacional, quando se multiplicarem as conspirações, quando prolifera a hypocrisia, quando os governos e as opposições se equivalem nos processos e na ausência de pensamento constructor, quando os tíbios se deixam arrastar pelas promessas, os perturbados se agitam e os ambiciosos se mexem, nessa hora uma só coisa salva a dignidade humana: a coherencia doutrinaria…”( qualquer semelhança com os dias atuais seria mera coincidência??)
Esse posicionamento do Chefe dispensa análises mais conceituais e acadêmicas. È entendimento instintivo, que vem da alma e do espírito. E as gerações futuras devem cumpri-las. Foi ai que o Chefe Nacional encerrou a carta magistralmente, com sua famosa frase que nós Integralistas e Linearistas vinculados ao Movimento Integralista e Linearista Brasileiro e todos que se denominam Integralistas de verdade devemos seguir: …”O Chefe não é uma pessoa: é uma idéia…”. É essa idéia que fundamenta nossas discussões; qualquer coisa além disso representa divagação sem sentido.