OS FARSANTES QUE SE AUTO-DENOMINAM CONTINUADORES DA AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA
CÁSSIO GUILHERME, PRESIDENTE DO MIL-B
Ao longo de quase 30 anos de fundação o Movimento Integralista e Linearista Brasileiro MIL-B teve que encarar diversas atitudes e diversos juízos, contrários e a favor ou mesmo indiferentes a sua atuação e trabalho doutrinário, ao longo de décadas. Sempre pontuamos e frisamos que o MIL-B representava a continuidade do trabalho Integralista no Brasil, dentro de uma interpretação moderna e atual, o que definimos como Integralismo Linear. E dessa forma, trouxemos as propostas construídas na década de 30 por diversos pensadores para a realidade do Século XXI e de sua dinâmica social e política. Tivemos a ombridade de assumir essa responsabilidade.
É fato aceito e inconteste que a Ação Integralista Brasileira AIB foi o maior Movimento Político, Social, Filosófico e de Mobilização de Massas da História do Brasil. E também é fato inatacável que a Ação Integralista Brasileira, tal como formulada em 1932, na sua primeira geração, foi extinta pelo golpe do Estado Novo de 1937, pelo ditador Getúlio Vargas. Tudo o que foi feito após novembro dessa data de 1937, como rótulo de Integralismo, foi entendido como Movimento com nova roupagem e foco. Vários líderes genuínos e de raiz do Movimento, como Gustavo Barroso, Miguel Reale, Olbiano de Melo, Roland Corbisier, Gerardo Melo Mourão, Padre Helder Câmara, Álvaro Vieira Pinto, não quiseram mais continuar com qualquer proposta que fizesse menção ao Movimento tal como proposto inicialmente. E mesmo o senhor Plínio Salgado, no exílio e no retorno do exílio, igualmente, não assumiu o papel de Chefe Nacional que tinha de 1932 a 1937, preferindo adotar uma nova estratégia, primeiro com o Partido de Representação Popular, depois com os Águias Brancas e Centros Culturais da Juventude, o que ficou entendido pela comunidade acadêmica como segunda geração do Integralismo. Enquanto o senhor Plínio Salgado esteve vivo, até 1975, relativa unidade foi mantida, não por questão de mística e tradição, mas por questões de pragmatismo e inserção, no contexto da conturbada política partidária brasileira. Entretanto, frisamos mais uma vez, nunca existiu qualquer documento de registro cartorário do Movimento Integralista ou menção a herdeiros dos Direitos Autorais do que representava a coluna de doutrinação Integralista, em todos os aspectos possíveis. Nunca existiu qualquer patente ou direito sobre o Integralismo. Nunca existiu qualquer documento testamentário sobre o Integralismo.
Frisamos mais uma vez. Quem faleceu em dezembro de 1975 foi o senhor Plínio Salgado; não o Chefe Nacional Integralista Plínio Salgado…
Com a morte do senhor Plínio Salgado ( que não aceitou a chancela de Chefe Nacional e suas implicações) os cidadãos, muitos idealistas convictos, que se colocaram espiritualmente como Integralistas e se sentiram no dever de dar continuidade ao escopo do Movimento adotaram uma visão multifacetária e pessoal. A chamada terceira geração, a partir de 1975, tentou criar jornais, partidos políticos, representações em cidades, grupos de estudos, Centros culturais e até mesmo registrar em Cartório a Marca Ação Integralista Brasileira, em 1985, com o senhor Anésio Lara Campos Junior, o que foi infrutífero, pois do ponto de vista jurídico, não teria valor registrar algo que não foi criado pela pessoa ou grupo. É nesse contexto que surge em Juiz de Fora o trabalho do MIL-B em 1992, com idealistas verdadeiros, que sentiram o chamado do espírito integralista e tentaram dar continuidade ao trabalho monumental da AIB, na cidade de Juiz de Fora e região. Até o advento do Grande Congresso Integralista para o Século XXI, que inaugurou a quarta geração em 2004, o MIL-B atuou localmente e em caráter restrito, limitando-se a salvaguardar os livros integralistas e documentos, e divulgar a Doutrina Integralista, já com as visões do Linearismo próprias a realidade atual, para um grupo restrito de pessoas.
Logo após o Congresso Integralista de 2004, que fez História dentro da construção contínua do Integralismo no Brasil, alguns grupos se formaram com visões distintas do trabalho a ser realizado e reconstruido. O MIL-B sempre se apresentou como um continuador do Movimento Integralista, com a devida e justa interpretação consentânea com a realidade moderna, o que foi chamado por nós de Integralismo Linear. Portanto, em nossa visão, todos os outros grupos que se auto-denominaram herdeiros legítimos do Integralismo da década de 30, estavam ou agindo inocentemente sem conhecer nada sobre a estatura do Integralismo no Brasil, ou pior, agindo com má-fé e enganando as pessoas mais incautas, de maneira estelionatária, assumindo de fato o que nunca possuíram ou receberam de direito. Isso é um verdadeiro absurdo na nossa interpretação linearista do projeto integralista. E mais grave do que o fato apresentado, são grupos e pessoas bandoleiras usarem o nome Integralismo para auferir vantagens estapafúrdias junto a partidos políticos e instituições fraudulentas dessa respública de araque. Com certeza, não leram o Manifesto de Outubro de 1932 e desconhecem a proposta inicial do Movimento Integralista.
O MIL-B tem a consciência tranquila de que preserva as lídimas idéias forjadas inicialmente no seio da Ação Integralista Brasileira AIB e traz todo esse arcabouço doutrinário compatível com as necessidades do Brasil do Século XXI. Não tergiversamos com a História, e nem nos locupletamos com o domínio intelectual alheio. Continuaremos nosso trabalho honroso e reconhecidamente eficiente para as gerações futuras. Anauê!!