INTEGRALISMO LINEAR E O MUNICIPALISMO
CÁSSIO GUILHERME, PRESIDENTE DO MIL-B
Ponto fundamental nas Doutrinas Integralistas e Linearistas é a defesa incondicional do fortalecimento e autonomia dos Municípios, o que se convencionou chamar de defesa do Municipalismo. O Chefe Nacional Plínio Salgado foi pioneiro nesse sentido, tendo sido fundador do Partido Municipalista e depois introduzido o conceito de municipalismo no Manifesto de Outubro de 1932, depois no Manifesto Programa de 1936 e finalmente no arcabouço do Partido de Representação Popular, com a cartilha de Diretrizes Municipalistas. Foram os Integralistas que introduziram a idéia do Município, ” célula mater” da Sociedade.
Antes do Integralismo outros já havia defendido a autonomia municipal no Brasil, mesmo na época do Brasil Colônia. O próprio Tomé de Souza, colonizador do Brasil, já havia destacado a importância de se valorizar o município como representante legítimo das reivindicações políticas populares. Se destacaram também nomes como Tobias Barreto, Domingos Jaguaribe Filho, Delorenzo Neto e outros. A problemática da Administração Municipal sempre se contrariou com o inchaço do Estado gigantesco nos níveis estaduais e no nível da União como um todo. A dicotomia de se dar aos municípios maior autonomia administrativa ou centralizar a administração política num só lugar foi sempre um fantasma a assolar o Brasil-Colônia, o Brasil-Império e principalmente o Brasil-república.
Com o advento do Integralismo toda essa dicotomia e contenda foi resolvida. O Municipalismo defendido pelos integralistas tinha como pedra fundamental o Corporativismo e as Associações de classe como representantes das comunidades, nunca os partidos políticos ( elementos estranhos a organicidade da Nação). Tanto a Ação Integralista Brasileira como o Partido de Representação Popular foram perseverantes e combativos no sentido de alterar o foco da importância político-administrativa para os municípios. O Ditador Getúlio Vargas e sua criminosa administração desastrada e corrupta aniquilou a representatividade dos municípios em nome do totalitarismo da União. Nomes integralistas como João Carlos Fairbanks, René Penna Chaves, Álvaro Vieira Pinto defenderam todos os aspectos da doutrina municipalista, principalmente no escopo do Partido de Representação Popular que lançou diversos documentos sobre o assunto. O fundador da Associação Brasileira de Municípios Rafael Xavier foi integralista.
Hoje os Integralistas e Linearistas do Sec XXI continuam a empunhar e vicejar a bandeira do Municipalismo. É revoltante que o município fique com apenas 20% do que arrecada de impostos, sendo o restante distribuído entre o monstro do Estado e o monstro voraz da União. As pessoas vivem nos municípios e não numa idéia etérea de Estado ou União. Temos que retomar essa luta enquanto herdeiros das lídimas aspirações do Integralismo raiz e principalmente, embasar a idéia municipalista nas estacas do corporativismo e da representação de classe, como queria o Chefe Nacional. Toda força aos municípios, para libertamos o povo brasileiro!!
