GLAUBER ROCHA E O CINEMA NOVO INTEGRALISTA

GLAUBER ROCHA E O CINEMA NOVO INTEGRALISTA

ROD TIGRE, COORDENADOR DO MIL-B RJ

 

                               Aproxima-se a data de se completar 40 anos da morte do cineasta e dramaturgo baiano Glauber Rocha. É preciso no momento resgatarmos sua identidade patriótica, forjada na época em que fez parte em Salvador dos Centros Culturais da Juventude e escreveu sobre o Chefe Nacional Integralista Plínio Salgado.

                   Glauber Rocha foi um cineasta, até certo ponto considerado revolucionário. O que muitos não sabiam é que foi Integralista, e um dos maiores pensadores brasileiros! Pra quem ainda não têm certeza de que ele era Integralista, já que são poucas as referências sobe o assunto, a maior prova é que foi ele mesmo que disse: “Entrei para o Centro de Estudos Pensamento e Ação, aparelho Integralista baiano dos jovens Águias-Brancas.” O Águia Branca, Germano Machado, explicou de que forma Glauber Rocha se afastou do Integralismo na juventude: “Glauber foi se afastando… aproximando-se de professores que esquerdizaram a cabeça dele, de certos jornais e de certos amigos, sem perder com isso o nacionalismo, e sem nunca se ter tornado um comunista. Glauber foi circunstancialmente um esquerdista( já que toda máquina de mídia em som e vídeo são dominadas por sionistas), mas, na verdade, ele era um socialista humanista, um idealista, um apaixonado pela terra, pelo sertão e um conhecedor das mazelas sociais do Brasil.” Germano Machado quem deu para Glauber seu primeiro emprego, de locutor em um programa de rádio sobre cinema, “Cinema em Close-Up”, nome depois aproveitado por Minami Keizi na revista sobre cinema nacional que editou nos anos 70.  Mais uma vez assumindo seu passado no Integralismo, Glauber foi o primeiro a usar o termo neo-Integralismo: “Conhecera o líder neo-integralista Germano Machado e, tendo participado do Círculo de Estudos Pensamento e Ação, ganhei o programa de rádio na Excelsior: Cinema em Close-up.” Os Águias Brancas eram os membros dos Centros Culturais da Juventude, CCJ, espalhados por todo Brasil. Glauber que veio de Vitória da Conquista para Salvador frequentou os centros entre 1955 e 1957.

 

GLAUBERROCHA – SEM LOCAL – 17/06/05 – ATOR GLAUBER ROCHA – FOTO: DIVULGACAO / REVISTA TV

                   Foi perseguido pela patrulha ideológica de esquerda: “sentia-me pressionado pelos comunistas”. O cinema sempre foi totalmente controlado pelos sionistas.  Contou que seu rompimento com o comunismo se deu justamente em Cuba, quando teve contatos com outros comunistas, inclusive Gabeira, que queria que Glauber entrasse em uma missão armada suicida porque os comunistas consideravam que ele valia mais morto, na condição de mártir. Não é de hoje que arrumam qualquer pretexto pra eliminar os seres mais pensantes! Curiosamente, foi em Havana que Glauber leu “Geopolítica do Brasil”, do general Golbery, e segundo contou: “percebi que havia uma questão lingüística: o que ali figurava como anticomunista não era uma critica ao socialismo, mas ao modelo soviético. E mais: existia ali dentro um projeto de Brasil terceiro-mundista. Era uma carta de navegação para o futuro. General Goubery era um Gênio da Raça e os militares, legítimos representantes do povo. Para surpresa geral li, entendi e acho general Goubery um gênio, o mais alto pensar da Raça ao lado do prof. Darcy”. Darcy Ribeiro é considerado um dos maiores ideólogos de uma alternativa para o Brasil socialista e nacionalista, e mesmo com uma postura critica, sempre foi atraído pelo movimento Integralista, chegando a ser convidado para fazer parte nos anos 40, quando o Integralismo estava enfraquecido. Após um certo conflito interno, Darcy optou pelo trabalhismo, levantando a bandeira do populismo através do getulismo, prestismo, janismo, janguismo e depois, brizolismo: “O movimento Integralista é o primeiro que formula uma política claramente nacionalista, uma política para se contrapor aos interesses da Inglaterra. Na década de 30, na minha opinião, foi muito difícil resistir ao integralismo, que tinha um discurso muito bom. Tanto que foi capaz de atrair homens como D. Hélder Câmara, San Tiago Dantas, Alceu Amoroso Lima e Gerardo de Melo Mourão… Atrairia também irresistivelmente uma parcela da intelectualidade em razão de seu discurso nacionalista e anti-imperialista. Melhor que o das esquerdas.” Apesar de seu inegável nacionalismo, a influência da visão que Darcy deixa sobre a História do Brasil é em geral muito negativa. Ele é o “pai” do “vitimismo”, “coitadismo” e do maniqueísmo que é o que impera atualmente no estudo de nossa História: para Darcy, os índios e negros sempre são “bonzinhos”, praticamente os próprios “ursinhos carinhosos”, e os brancos são sempre malvados, exploradores e estupradores, e simplesmente nunca comenta um “a” da questão judaica. Trata-se de um historiador que deve ser lido com toda ressalva e que quase nunca traz fontes confiáveis dos dados exagerados que apresenta, mas que uma vez ou outra, se aproveita alguma coisa.

           O seu último filme foi “A Idade da Terra” (1980), que os esquerdistas deturpam todo sentido do filme sempre quando escrevem sobre ele em diversas matérias, já que no filme, Glauber EXALTA a Revolução de 1964 como sendo uma autêntica revolução nacionalista, e os esquerdistas fazem tudo quanto é tipo de manobra argumentativa para negar que Glauber era um apoiador convicto do regime militar, pois a esquerda se aproveita de determinados nomes para fazer associação com suas organizações visando certo respaldo intelectual se apropriando de vultos populares, vide Antônio Conselheiro, Zumbi dos Palmares, João Cândido, Pagú, Vinícius de Moraes, Geraldo Vandré, Raul Seixas, etc, nenhum deles era comunista , mas a esquerda iniste em se apropriar de suas lutas! E de nada adianta Glauber ter afirmado ser um Integralista e pró-Revolução Militar, tanto os nacionalistas o ignoraram que nessa brecha se tornou, a contragosto, um brinde que a esquerda tomou para si, um troféu. Glauber morreu de uma misteriosa doença em 22 de agosto de 1981. Para os amigos próximos, confessou que desconfiava ter sido envenenado depois que se encontrou com o presidente Figueiredo e declarou que entraria para a política.

                   Glauber queria agradar a ele mesmo em consideração a sua própria consciência e a honra de seu compromisso nacionalista, pois ele disse que buscava na arte a Integração Cósmica, em mais uma declaração que revela sua fé no Integralismo: “A mudança de muitas condições políticas e mentais exige um desenvolvimento continuo do conceito de arte-revolucionária, uma obra de arte revolucionária atua não só de modo imediatamente político como também promove a especulação filosófica, criando uma estética do eterno movimento humano rumo a sua Integração Cósmica”.

                               Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969]) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague e pelo Neorrealismo italiano. Em 9 de setembro de 1980, a briga entre o cineasta brasileiro Glauber Rocha com Louis Malle entrou para história do Festival Internacional de Cinema de Veneza. Com o filme Atlantic City Malle venceu o Leão de Ouro naquele ano junto com o americano John Cassavetes, este premiado por Gloria. Para Glauber Rocha, que participou daquele Festival com o seu filme A Idade da Terra, tal resultado foi uma tramóia; Glauber afirmou que Louis Malle venceu pois o resultado estava previamente combinado pois o filme de Malle teve a produção da Gaumont, uma “multinacional imperialista”. Malle e Glauber encontraram-se no saguão do Hotel Excelsior, onde discutiram e os dois cineastas quase chegaram às vias de fato.

                               Baseado na sua formação juvenil Integralista, Glauber Rocha quis dar ao cinema nacional uma roupagem nativista, autêntica e libertar nossa cultura das influências tanto americanizadas quanto bolcheviques. Por isso foi perseguido por liberais e por comunistas. Sempre se mostrou fiel ao seu projeto de identidade patriótica e representação social das mazelas do nosso povo escravizado. Glauber Rocha, PRESENTE!! Anauê Glauber Rocha!!

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL E LIVRETO SOBRE O ASSUNTO PODE SER ENCONTRADO NO NOSSO SITE, ABA PDF.

 

 

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