ENTROPIA, HARMONIA E CIENTIFICISMO INTEGRALISTA E LINEARISTA
FRANCISCO ANÉAS, AMIGO E COLABORADOR DO MIL-B
Existe uma ordem no Universo. Não nos interessa quem organizou essa ordem. Jamais o saberemos. A vida depende da organização entre as partes. E do funcionamento orgânico e harmônico das partes. Vida é organização. Tudo depende do grau de Entropia do Universo e dos sistemas.
Em 1980, quando eu era monitor de Máquinas Térmicas na FEI, eu achei que o dinheiro funcionava como a energia e tentei fazer um balanço de energia para determinar o futuro. O meu professor Fernando Juarez Pitanga Távora disse que eu estava errado e de que não ia conseguir o meu intento, porque a Economia não é uma ciência exata. Na visão dele claro.
Na Termodinâmica a Entropia mede o grau de desordem entre as partes num determinado sistema. Quanto maior a Entropia, maior é a desordem entre as partes que compõem o sistema, e maior é a liberdade das partes em relação ao sistema. Mede o entrosamento entre as partes, a conexão e interação, e a harmonia entre as partes.
Para entendermos como funciona a natureza temos que estudar mais a Entropia. Temos que ter um entendimento cientificista do Universo. O entrosamento e a harmonia entre as partes. Mas falta linguagem matemática para isso. Falta uma interpretação mais exata dos fenômenos físicos. E por conseguinte dos fenômenos sociais, políticos, econômicos e filosóficos.
Em 1999, quando estudei Holística na pós graduação em administração de empresas para engenheiros na ESAN, tentei incorporar essas idéias cientificistas ao compreendimento do processo social. Foi difícil explicar para os outros engenheiros de que o todo pode ser maior do que a soma das partes quando existe harmonia entre as partes. É a soberania da Harmoniocracia. Em holística dois mais dois pode ser maior do que quatro. Os engenheiros possuem uma formação cartesiana. E, eles não percebem que a matemática está incompleta e não consegue descrever todos os fatos reais.
Em 2001, na pós graduação em Mecânica Quântica na USP, aprendi na experiência das duas fendas de que a luz não se comporta nem como matéria e nem como onda. Existe uma dualidade tanto no fenômeno como na sua interpretação. A Mecânica Quântica com probabilidades consegue prever o futuro mas não consegue explicar como a natureza funciona. È uma teoria incompleta. A Teoria da Relatividade também não consegue explicar como a natureza funciona porque falta linguagem matemática e percepção espiritualista.
O problema está na matemática. Precisamos idealizar novos modelos matemáticos que permitam a expansão do sistema. Harmonia mais harmonia gera mais harmonia. A matéria recebe vida (organização) e se reproduz. O universo está em constante expansão. Tudo depende da Entropia.
A matemática é uma linguagem onde o homem se relaciona com a natureza, e precisa ser estudada e desenvolvida.
Observação: Esse texto do camarada Francisco Anéas é bastante pertinente e ajuda a entender por que criamos o Movimento Integralista e LInearista Brasileiro em 1992. Nosso principal objetivo era compreender os fenômenos sociais, políticos e filosóficos da nossa sociedade a partir de um arcabouço cientificista e lógico, idéia que norteou o trabalho Linearista dentro do espírito de compreensão do Integralismo para o Sec XXI. Inclusive o próprio Chefe Nacional Plínio Salgado, que não era engenheiro nem físico, já havia levantado essa hipótese no livro A Doutrina do Sigma e tinha muita preocupação dessa dinâmica interpretativa dos fenômenos sociais e políticos a partir de um escopo lógico-cientificista.