CÁSSIO GUILHERME, PRESIDENTE DO MOVIMENTO INTEGRALISTA E LINEARISTA BRASILEIRO, MIL-B, FUNDADOR DO LINEARISMO
“ Eis um grande gigante amodorrado, entorpecido. Reage Brasil contra os politiqueiros profissionais que te exploram torpemente! Reage contra a ganância ladravaz da agiotagem internacional, que nos consome…” A. Tenório D’Albuquerque, Integralista, DESPERTA BRASIL! 1936
Nesse ano de 2009 estamos no início de uma grave crise financeira. Demissões começam a acontecer e vemos os governos atordoados em salvar as Empresas falidas, sobretudo as Multinacionais que sempre estiveram a espreita do dinheiro do contribuinte para seus investimentos. Esse o Liberalismo fajuto que a globalização forçada das Nações procura defender. Mas o momento é propício também para lembrarmos de uma Empresa Brasileira que faliu no final dos anos oitenta sem que o Governo tivesse interesse em salvá-la. Misteriosamente, o Governo Brasileiro foi e é solícito e generoso em acolher os reclames de Empresas Internacionais instaladas em nosso território, mas não se mostrou de prontidão nesse caso escandaloso que até hoje deve ser lembrado como exemplo da mentalidade servil e colonial da politicagem brasileira: O que aconteceu com a Engesa, Engenheiros Associados S/A, Indústria de Material Bélico de alta tecnologia das décadas de 70 e 80??
A Engesa era uma Empresa Privada, mas genuinamente nacional. Comandada pelo Empresário José Luiz Whitaker, a Engesa aglutinou a nata da Engenharia Militar Nacional formada nas mundialmente famosas Universidades Públicas do ITA ( Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e IME ( Instituto Militar de Engenharia). A Filosofia de desenvolvimento de Pesquisa Nacional foi realmente levada a sério nesse período da História do Brasil. Competindo com diversas Empresas internacionais de Material Bélico no mundo, a Engesa foi capaz de desenvolver e produzir artefatos blindados de alta tecnologia e extremamente competitivos no Mercado Mundial. Produziu caminhões de transporte de tropas o EE-25, exportado para mais de 15 países, com mais de 2000 unidades. Produziu os tanques leves EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu que tanto sucesso fizeram nos países do Oriente Médio e da África, como a Líbia. Produziu ainda os caminhões EE-15, EE-34 e o blindado 4×4 sobre rodas EE-3 Jararaca. Equipou de maneira competente o Parque Bélico das Forças Armadas Brasileiras, que tornaram-se auto-suficientes em equipamentos de transporte e combate leves. Mas o Produto mais famoso da História da Engesa foi sem dúvida o Tanque Pesado EE-T1 Osório, com canhões de disparo de 105 e 120 mm. É impressionante a tecnologia empregada no desenvolvimento do Tanque EE-T1 Osório. Até hoje, continua sendo o único Tanque Pesado a atirar em movimento em ângulo de 360 graus. Levado para avaliações no deserto da Arábia em 1985, o Tanque Osório bateu todos os seus concorrentes em todos os quesitos de operacionalidade, transporte, artilharia, desempenho, economia, resistência e durabilidade; venceu Indústrias de grande renome e Tanques de alta performance tencológica como os Abraham e os Leopard. Ou seja, a Engesa representava o Orgulho da Pesquisa Nacional, a vitrine do povo brasileiro como desenvolvedor de tecnologia de ponta e de produtos de confiabilidade industrial, conceitos tão importantes num mundo onde a ciência e o conhecimento são características de povos desenvolvidos. E nunca podemos nos esquecer de que a Pesquisa é a Mãe da Tecnologia e do Desenvolvimento duradouro de uma Nação Industrial.
Misteriosamente, a Engesa adquiriu uma dívida monstruosa em 1989 e pediu concordata e depois falência em 1993. Misteriosamente também, o Governo Brasileiro, que sempre salvou Empresas em dificuldades, sobretudo Multinacionais como GM, Ford, Fiat e tantas outras não veio em socorro da Engesa. Uma campanha de difamação foi realizada contra a Engesa pela mídia amestrada a serviço dos interesses internacionalistas, que levantou aqueles jargões de “ incompetência contábil”, “ cabide de empregos” e “ má-gestão de recursos por causa de corrupção”. E também misteriosamente, os deputados da esquerdalha e os sindicatos vermelhos não apareceram para defender o interesse nacional representado pela Engesa. A passeata em 1993 em São José dos Campos organizada pelos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC não contou com o apoio da comunista CUT. Os Projetos dos Tanques e Blindados desapareceram. Vejam o exemplo de como agem as tais “ Forças Ocultas” que realmente dominam o Brasil. Tanto os empresários, quanto o Governo, quanto os sindicatos comunistas nada fizeram para salvar a Engesa, empresa que sempre representou o orgulho nacional do desenvolvimento científico. Teria sido ordem dos “ Donos do Mundo” para acabar com essa Empresa que estava dando dor de cabeça a Lockheed americana, a Bombardier Canadense, a Nimda Israelense, a Krupp alemã e outras, vencendo todas as concorrências?? Por que em todo lugar no mundo as Empresas Bélicas recebem pesados investimentos dos Governos para produção de tecnologia militar e no Brasil o Governo não foi competente para salvar a Engesa?? Por que o Brasil sendo grande produtor de armas leves ( Taurus, Imbel e Rossi) não pôde ter uma Indústria Bélica de ponta para armamento pesado?? Será a falência o destino de outras grandes empresas brasileiras de tecnologia como a Petrobrás e a Embraer??
Essa destruição da Engesa foi mais uma prova cabal de que os governantes no Brasil não dispõem do mínimo de visão nacionalista e desenvolvimentista. Esse fato prova que os militares, que juraram defender os interesses do Brasil, estão amordaçados e humilhados em vista dos Artigos 142 e 143 da Constituição Federal. Esse fato prova que os “ Liberais Empresários” estão de mãos dadas com os “ Sindicatos da Comunalha” quando o assunto é defender o interesse internacionalista. Esse fato exemplifica a visão de subdesenvolvimento e de subserviência do povo brasileiro, ao negar a sua capacidade de criar e aperfeiçoar modelos de alta-tecnologia sustentáveis, como maneira de tornar o Brasil um país do primeiro mundo. E ainda existe gente que acredita que o Brasil deixou de ser Colônia em 1822. Santa Ignorância.