Toscamente chamado de “Código Florestal”, o Projeto de Lei aprovado na Câmara dos Deputados, essa semana, talvez, o mais importante do Brasil, nos últimos tempos, pelo menos, desde que Cabral chegou por aqui, em busca do Pau Brasil, infelizmente, única riqueza nessas bandas encontrada, em que se tomou de assalto a nossa, então, exuberante, Mata Atlântica, num passado remoto, que já vai distante, irremediavelmente, até o advento das Capitanias Hereditárias, em que a Jovem Colônia: Brasil foi transformada, inescrupulosamente, em uma “Grande Fazenda”, dividida em Largos Piquetes, do tipo “Casa Grande x Senzala” voltado a enriquecer a Europa, o atual, assim chamado, “Código Florestal”, tendente a derrocar o ultimo, de 1975, ainda, assado no Forno Quente, e impositivo, da Ditadura Militar, trás consigo, a baila, ora, em intensa, e apaixonada Discussão, no Congresso Nacional, tratado, meio que assim, como uma espécie de “Clássico” no Maracanã, questões bem mais profundas do que efetivamente aparenta.
Assim é que, tendo por Platéia, via Rede de Tevê, refém, todo um Pais, dispõem-se, de um lado da Arena, numa satírica alusão ao Campeonato Brasileiro, postos como Vascaínos Tresloucados, (os Ambientalistas, ou não), e, do outro lado do Córner, representados como Flamenguistas Famigerados (os Ruralistas, ou não), ávidos pelo Apito Final, a ser promovido, a qualquer momento, no “Tapetão”, nas Ante-salas do Palácio do Planalto, em Brasília/DF, atua, contudo, o Governo Federal, a semelhança do “Juiz Ladrão”, personificando a pessoa quem, deveria ser imparcial, mas não o é, torcendo veladamente por um dos times, enquanto aflige a Multidão nas Arquibancadas, a cada lance mais delirante, transcorrido no Gramado.
Nascido, entretanto, em Berço Esplêndido, ao Som do Lábaro que Ostenta Estrelado, contudo, sob Estandarte Puritano do Conservadorismo Xiita, a “Lei”, muito mais do que um “Código Florestal”, como ousam chama-la, pretende ser, na verdade não assumida pelos nossos Doutos Congressistas, Ruralistas, ou não, Vascaínos, ou não, uma espécie de Lei Fundiária, abrangendo questões bem mais profundas, do que obram assumir nossos Compatriotas, as quais vão, desde a Ocupação do Solo, Urbano, ou Rural Brasileiro, até o virtual Modelo Agrário que pretendemos adotar, no Brasil, embutido valores, inassumidos, da Agricultura de Subsistência, Familiar, típica do Brasil, mais tendente a satisfazer nossos “Guetos Sociais” internos, até as Grandes Culturas de Exportação, as chamadas “Comodites”, muito mais relacionadas ao Brasil Exportation SA, intensamente negociado na Bolsa de Futuro de São Paulo, ou de Chicago/Ilhinois, cujo único Bem Passivo somos nós, Brasileiros de Norte a Sul….
Pinduricalho, sob o qual se apóiam vários Lobys, desde os que, hipocritamente, defendem o Clima, e a Conservação das Matas, mediante o sacrifício das hordas de Crianças, e Adultos, Abandonados, que queimam Crack nas Sinaleiras do Sudeste do Brasil, bem debaixo da Salvaguarda de alguma Ong, tipo o valorável Green Peace, quem, luxuosamente instalado, em sua Sede de Londres, muito mais, se preocupa com a extinção de algum minúsculo protozoário, lá nas Geleiras inabitadas do Ártico, porquanto a Vida Humana, muito mais importante, perece, por aqui, porquanto, ao mesmo tempo, “Ele” – Código Florestal, assim como posto, “Plataforma de Lançamento” dos que querem munir-se de uma Moto-serra Husquarna, ou de um robusto Trator John Deere, e passar o arado na Floresta Amazônica do Brasil…
Contudo, a despeito dos “Homens” que a elaboraram, apaixonadamente, tal Lei deve ser olhada, por nós, Brasileiros Comuns, que candidamente colhem o seu Pé de Alface nas Gôndolas dos Supermercados, e que disputam as Coxas de Frango Catarinenses com os que ganham em Euro, em fartas mesas de Mogno Brasileiro, lá na Europa, certamente, com muita desconfiança, pois há muito mais do que simples Jacarés do Pantanal Mato-grossense enrustidos nessa Lama toda…
Afinal, se a Realidade Utópica que nos acomete, ora, seria de que vivêssemos de Tanga, como nossos Ancestrais, locomovendo-nos por meio de cipós, longe das emissões de monóxido de carbono, por outro lado, é certo que as Culturas de Café, Maça, Arroz ou Uva, do Rio Grande do Sul ao Espírito Santo, algumas já centenárias, certamente, não poderão ser, simplesmente, removidas, a titulo de Áreas de Preservação Permanente, tantos anos depois, por que assim o desejam alguns abastardos Doutrinadores, criados endinheiradamente, impar da realidade aguda que acomete nossos Shopping Centers, onde tais produtos, Arroz, Maçã ou Café, jamais escasseiam.
Aliás, nesse aspecto, já preconizava o Filosofo: “Em casa que falta Pão: O Pai chora, a Mãe chora, o Filho chora… ,,, e todos eles, têm razão”
ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO é Advogado Militante e Presidente da ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA além de EDITOR do Periódico Eletrônico JORNAL GRITO CIDADÃO: