ANAUE ALMIRANTE ALVARO ALBERTO DA MOTA E SILVA

Dentre os esquecimentos escandalosos da Memória coletiva nacional, muitas vezes um esquecimento criminoso por parte da Mídia de Massa amestrada aos grandes interesses internacionais e financistas, vamos hoje tratar de um grande ícone da História Cientfíca e Militar do Brasil, o Almirante Alvaro Alberto da Mota e Silva.

 

                         Era filho do médico e político Álvaro Alberto da Mota e Silva, mas foi fortemente influenciado por seu avô João Álvaro da Silva, militar e inventor.Álvaro Alberto ingressou na Escola Naval em 1906.Em 1910 envolve-se na Revolta da Chibata, sendo o primeiro oficial a ser gravemente ferido na noite de 22 de Novembro. É socorrido e consegue sobreviver. O Brasil poderia ter perdido um grande cientista, devido a manter um Regime Disciplinar anacrônico na Marinha que infligia aos marinheiros castigos corporais os mais torpes, como a Chibata, 22 anos depois de proclamada a Abolição da Escravatura.Oficial de Carreira da Marinha brasileira, começa a se interessar pela química de explosivos e ingressa na Escola Politécnica em 1911. Em 1916 é professor de química e explosivos da Escola Naval.Tornou-se catedrático do Departamento de Físico-Química da Escola Naval e incluiu o estudo da física nuclear no currículo da Escola Naval(1939). Um dos primeiros brasileiros a ter consciência e conhecimento sobre explosivos no Brasil. Durante mais de 30 anos Álvaro Alberto se dedicou ao magistério sem abandonar suas pesquisas, especialmente na área de explosivos e também com estudos mais aprofundados na área de energia nuclear. Álvaro Alberto foi presidente da Sociedade Brasileira de Química de 1920 a 1928. Nesse período, integrou a delegação que representou o Brasil nas comemorações do centenário da Independência do México em agosto de 1921, sendo promovido a capitão-tenente três meses depois. De 1924 a 1936, foi delegado brasileiro na Union Internationale de Chimie Pure et Appliquée, com sede em Paris. Promovido a capitão-de-corveta em 5 de julho de 1932, lecionou na Escola Técnica do Exército entre 1935 e 1937, período em que ganhou a patente de capitão-de-fragata. Durante a Segunda Guerra Mundial, desenvolveu um método para a fabricação dos estabilizantes químicos contralite e acordite, até então dominada exclusivamente pelos alemães.

 

                     Foi um dos primeiros brasileiros a tomar ciência e entendimento da Teoria da Relatividade de Einstein, tendo criticado de início os fundamentos da teoria e também dos novos conhecimentos sobre Mecânica Quântica. Álvaro Alberto foi presidente da Sociedade Brasileira de Química de 1920 a 1928. Nesse período, integrou a delegação que representou o Brasil nas comemorações do centenário da Independência do México em agosto de 1921, sendo promovido a capitão-tenente três meses depois. De 1924 a 1936, foi delegado brasileiro na Union Internationale de Chimie Pure et Appliquée, com sede em Paris. Promovido a capitão-de-corveta em 5 de julho de 1932, lecionou na Escola Técnica do Exército ( atual Instituto Militar de Engenharia) entre 1935 e 1937, período em que ganhou a patente de capitão-de-fragata. Durante a Segunda Guerra Mundial, desenvolveu um método para a fabricação dos estabilizantes químicos contralite e acordite, até então dominada exclusivamente pelos alemães.

ALMIRANTE ALVARO ALBERTO DA MOTA E SILVA

 

                          Presidente da Academia Brasileira de Ciências em 1935, com a patente de Capitão de Fragata, propôs ao governo, por intermédio da ABC, a criação de um Conselho Nacional de Pesquisa e dois anos mais tarde o projeto da criação do conselho era apresentado na Câmara dos Deputados. O Presidente Eurico Gaspar Dutra nomeou uma comissão para apresentar um ante projeto de lei sobre a criação do conselho de pesquisa (1949). Presidiu então o Grupo de Trabalho que elaborou o projeto de criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, então denominado Conselho Nacional de Pesquisa, do qual fizeram parte destacadas personalidades da ciência no Brasil como César Lattes, Euvaldo Lodi, Francisco Mafei, Marcelo Dami, Orlando Rangel e Theodoreto Souto. Foi nessa época que o então Presidente da Academia Brasileira de Ciências tomou conhecimento do Movimento Integralista no Rio de Janeiro, tendo conhecido o Chefe Nacional Plinio Salgado no Arsenal de Marinha em 1935, numa reunião sobre Desenvolvimento Nacional. Nessa época, grande parte dos Oficiais e Praças da Marinha de Guerra do Brasil faziam parte ativa da Ação Integralista Brasileira AIB. O então Capitão de Fragata Alvaro Alberto não se inscreveu como Integralista, mas escreveu dois artigos sobre a influência do Movimento na defesa dos Projetos Nacionais.

                         Estudioso das questões relativas à utilização da energia nuclear e de suas implicações sobre as relações internacionais, depois da Segunda Guerra Mundial, Álvaro Alberto formulou sua tese das “compensações específicas”, defendendo que os países possuidores de matérias-primas nucleares não deveriam negociá-las apenas em troca de compensações financeiras, devendo exigir o fornecimento de reatores e outras instalações atômicas, além do acesso à tecnologia necessária à sua fabricação e manejo.

           Representante brasileiro na Comissão de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas (ONU), seu nome foi indicado por unanimidade para a presidência desse organismo no biênio 1946-1947. No ano seguinte, de volta ao Brasil, recebeu do Congresso Nacional o posto honorário de contra-almirante e assumiu a chefia da comissão incumbida pelo presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, de elaborar um anteprojeto para a criação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), incorporando a produção científica à área de controle do Estado. Apresentado como um “estado-maior da ciência, da técnica e da indústria”, “capaz de traçar rumos seguros aos trabalhos de pesquisas científicas e tecnológicas no país, desenvolvendo-os e coordenando-os de modo sistemático”, o CNPq teve sua formação aprovada pelo Parlamento e sancionada em 1951 pelo presidente Getúlio Vargas. Sua criação esteve desde o início explicitamente relacionada com o desenvolvimento de pesquisas na área da energia nuclear, considerada “imperativo da segurança nacional” e sujeita ao monopólio estatal. Por outro lado, a tese das “compensações específicas” foi aceita oficialmente pelo governo brasileiro e passou a orientar toda a política de exportações de minérios atômicos do país. Nomeado para presidir o novo órgão diretamente subordinado à Presidência da República, Álvaro Alberto desenvolveu uma ativa campanha de defesa da nacionalização de todas as minas de tório e urânio, minerais radioativos de uso mais freqüente na produção de energia nuclear. Esse conjunto de orientações, definido em pleno curso da guerra fria, contrariava frontalmente a política norte-americana de concentração dos recursos estratégicos do bloco ocidental nos Estados Unidos. Esse país, alertado pela explosão da primeira bomba atômica da União Soviética em 1949 e a eclosão da guerra da Coréia em junho de 1950, endureceu suas posições, declarando Álvaro Alberto persona non grata e apelando para que a Organização dos Estados Americanos intercedesse junto ao Brasil. Criticou duramente o Plano Baruch desenvolvido pelos EUA que impunha restrições absurdas aos países que desejassem obter material nuclear para pesquisas.

ALMIRANTE ALVARO ALBERTO DA MOTA E SILVA EM RECEPÇÃO APÓS SUA VISITA AOS EUA EM 1952

 

 

      Essas pressões obtiveram resultados, com a criação, em fevereiro de 1952, da Comissão de Exportação de Materiais Estratégicos (CEME) que, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, absorveu as atribuições do CNPq em relação à venda de urânio, tório e seus compostos, contornando assim o bloqueio desse órgão a operações deste tipo sem que ocorressem “compensações específicas”. Com efeito, essa transferência de responsabilidades — realizada durante uma viagem de Álvaro Alberto aos Estados Unidos, interinamente substituído pelo coronel Armando Dubois Ferreira — criou as condições para a assinatura de um acordo de exportação de minerais atômicos sem que fossem observadas as exigências defendidas pelo titular do CNPq, sob a alegação de que aqueles materiais eram imprescindíveis para o esforço de guerra desenvolvido pelos Estados Unidos na Coréia. Mais tarde, comentou-se ter sido essa a solução conciliatória encontrada para evitar o envio de tropas brasileiras ao teatro da guerra, solicitado pelos norte-americanos.

        O Conselho de Segurança Nacional só tomou conhecimento desse acordo sete meses depois de sua assinatura, que implicava o fornecimento pelo Brasil, no período de três anos, de um total de 7.500 toneladas de monazita, além de igual quantidade de minerais conhecidos como terras-raras, especialmente sais de cério. Pouco depois do início das exportações oficiais, noticiou-se a existência de contrabando de grande quantidade de areias monazíticas de Guarapari (ES), o que levou à aprovação de medidas disciplinadoras pelo governo federal em 3 de julho de 1952.

        Em 12 de outubro desse ano, o CNPq definiu seu ponto de vista sobre combustíveis nucleares, escolhendo o urânio enriquecido como matéria-prima fundamental dos reatores atômicos a serem implantados no Brasil para fins de pesquisa e produção de energia. Em novembro de 1953, o presidente Vargas aprovou a política de implantação da indústria nuclear no país. Diante das dificuldades existentes para o estabelecimento de uma colaboração nesse campo com os Estados Unidos, que não aceitavam as medidas nacionalistas adotadas pela Comissão de Energia Atômica do Brasil, o governo buscou diversificar seus contatos no exterior.

        Álvaro Alberto realizou entendimentos secretos com cientistas alemães, que resultaram na compra de três ultracentrifugadores destinados à produção de urânio enriquecido e na formação de uma comissão de cientistas e industriais desse país para estudar a hipótese de desenvolver no Brasil a fabricação desses aparelhos. Em gestão reservada junto ao presidente Vargas, Álvaro Alberto chegou a levantar 80 mil dólares para financiar esse projeto. Na mesma época, outra missão do CNPq, chefiada pelo químico Alexandre Girotto, conseguiu obter na França tecnologia e financiamento para a extração de urânio na região de Poços de Caldas (MG).

        Nessa ocasião, as relações com os Estados Unidos no terreno de energia nuclear tornaram-se mais tensas porque, depois de receber as 7.500 toneladas de monazita no primeiro ano de vigência do acordo celebrado em 1952, esse país desinteressou-se pela aquisição das terras-raras, desdobramento previsto para os dois anos seguintes. Álvaro Alberto protestou, invocando a “responsabilidade moral da outra parte signatária”, e os dois governos reabriram o processo de negociações que resultou, por proposta do Departamento de Estado norte-americano, na troca de mais cinco mil toneladas de monazita e igual quantidade de sulfato sódico e terras-raras brasileiras, a serem entregues em dois anos, por cem mil toneladas de trigo norte-americano, embarcadas imediatamente. A assinatura desse novo acordo foi feita no dia 20 de agosto de 1954, durante a grave crise política que levaria, dias depois, ao suicídio do presidente Getúlio Vargas.

        O CNPq só tomou conhecimento da operação contratada no dia 3 de setembro — depois da posse de Café Filho na presidência da República — e, protestando violentamente contra ela, propôs sua revogação, ao mesmo tempo que o governo norte-americano anunciava novamente que não se interessava pela aquisição das terras-raras. Diante dos protestos brasileiros, o Departamento de Estado fez nova proposta, que incluía a venda de quinhentas mil toneladas de trigo norte-americano. Entretanto, o produto chegou deteriorado ao Brasil, o que provocou enorme indignação no Congresso e na imprensa do país.

      Em fins de 1954, Álvaro Alberto pediu autorização ao governo brasileiro para importar os três ultracentrifugadores recém-concluídos, encomendados à Alemanha de maneira sigilosa. O Itamarati foi encarregado de coordenar a operação de transporte, mas o vazamento do segredo provocou a mobilização, em menos de 12 horas, de forças militares norte-americanas estacionadas na Alemanha, que impediram o embarque dos aparelhos. Eles ficaram retidos até o fim da ocupação desse país pelas forças anglo-franco-americanas, em 1956.

    Em 2 de março de 1955, em pleno curso desses acontecimentos, que tiveram enorme repercussão no Brasil, Álvaro Alberto foi promovido a vice-almirante. No intenso debate parlamentar estabelecido em torno desses fatos, surgiram denúncias sobre a interferência estrangeira nos negócios internos do Brasil e as pressões para a assinatura de acordos contrários aos interesses nacionais, além de acusações de que funcionários do Estado teriam sido subornados. No auge dessas discussões, Álvaro Alberto demitiu-se da presidência do CNPq.

      Os ultracentrifugadores, depois de passarem longo tempo encaixotados, foram levados para o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo, onde chegaram a produzir urânio puro. Depois, ficaram abandonados e foram emparedados em reforma ocorrida nas instalações desse centro. O projeto de construção de usinas em Poços de Caldas também foi abandonado.

       Inventor dos explosivos rupturita e alexandrinita e das tintas antivegetativas polivalentes, Álvaro Alberto introduziu no Brasil a análise dimensional .

 

PRÊMIO ALMIRANTE ALVARO ALBERTO DA MOTA E SILVA

 

 

 

          Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 31 de janeiro de 1976.

         Era casado com Teresa Otero Álvaro Alberto.

        Publicou Racionalização das equações a “n” radicais quadrados sem termos racionais. (1916), O problema das palavras e sua solução atual (1939, 2v.), A contribuição dos jesuítas para as ciências físicas (1940), À margem da ciência (1960-1972, 4v.), Ciência e tecnologia (1962) e Notas e comunicações (1962).

         A seu respeito, foi publicado no ano 2000 o ensaio biográfico Álvaro Alberto, de Elias dos Santos Bigio.

    FICA AGORA A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: UM VULTO DE TAL ENVERGADURA NA HISTÓRIA DO BRASIL PODERIA FICAR ESQUECIDO DESSA MANEIRA?? VOCÊ NOSSO LEITOR JÁ OUVIU FALAR DELE??

     ANAUE ALMIRANTE ALVARO ALBERTO DA MOTA E SILVA.

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