No livro “Memórias do Exílio”, de autoria coletiva, Abdias do Nascimento declara que os temas que o “atraíram para as fileiras integralistas” foram “as lutas nacionalistas e anti-imperialistas” – fato que, como observa Rubem Nogueira em sua monumental obra “O Homem e o Muro”, só causa espanto àqueles que jamais leram sequer um dos inúmeros livros de orientação doutrinária de Plínio Salgado, Miguel Reale, Gustavo Barroso, Tasso da Silveira, Olbiano de Mello, Victor Pujol, Hélio Vianna, Olympio Mourão Filho, Custódio de Viveiros, Madeira de Freitas, Ovídio da Cunha, Jayme Ferreira da Silva, Osvaldo Gouvêa e outros, obras em que se condensa o pensamento do Integralismo, movimento que sempre professou a teoria do engrandecimento da nação brasileira, opondo-se, portanto, a todo tipo de imperialismo. Abdias qualifica o tempo em que militou na AIB como “etapa importante de minha vida” e prossegue recordando que “no Integralismo foi onde pela primeira vez comecei a entender a realidade social, econômica e política do país e as implicações internacionais que o envolviam.”
O nosso profundo pesar pela passagem do Grande Líder Negro para a Milícia do Além. Anauê Abdias do Nascimento.