CÁSSIO GULHERME, PRESIDENTE DO MIL-B
Logo após o I Congresso Integralista para o Sec XXI, realizado em São Paulo nos dias 04 e 05 de dezembro de 2004, um fato marcante e interessante pôde ser observado com relação às pesquisas acadêmicas acerca do Integralismo no Brasil : a mudança de paradigmas e interpretações da comunidade de estudiosos relativos ao maior fenômeno político da História do Brasil. Com o advento da realização do Congresso e o uso da mídia de massa cibernética para divulgação das idéias integralistas, sobretudo por ativistas do movimento, fez com que os ditos pesquisadores fossem de certa forma obrigados a rever e reinterpretar a visão de pesquisa que vinham adotando há tempos sobre o Integralismo no Brasil.
O que se observava claramente até a realização do Congresso, por parte dos ditos pesquisadores, era uma visão diminuta, tacanha, monocular e reducionista dos aspectos relativos ao Integralismo, enquanto Movimento de Massas e Movimento politico, filosófico e social. A maioria desses poucos ditos pesquisadores tinha formação marxista e olhava o Integralismo não com a isenção cientificista que a pesquisa acadêmica exige, mas com os olhos da militância esquerdista venenosa e engajada, em que foram formados e inseridos no contexto da viciada universidade brasileira. Era triste ver os trabalhos pseudo técnicos de historiadores que ao invés de se debruçarem sobre os pilares da doutrina integralista, da monumentalidade e complexidade que representava, agiam como colunistas de folhetins ideológicos de boteco, pinçando o absolutamente bizarro como justificativa para desconstruir
e avacalhar as teses integralistas; talvez até mesmo pagos pelo sistema para tal feito desonesto. Não conseguíamos distinguir entre o professor, o pesquisador e o jornalista militante nesses pseudo trabalhos científicos de outrora.
Toda a suposta patifaria apresentada de maneira desonesta por pesquisadores ímprobos e torpes teve que ser alterada com a realização do Congresso Integralista em 2004.
O uso da cibernética e da internet, como alternativas a mídia de massa sionista e marxista, trouxe de forma democrática o que realmente representava historicamente o conhecimento sobre o Integralismo e a convergência verdadeira dos fatos desde a década de 30. A população interessada começou a receber as informações sobre o Integralismo de outras fontes que não somente os trabalhos obscuros e miúdos dos mentirosos de plantão travestidos de pesquisadores. Assim como a internet tirou o monopólio da informação de massa fabricada e
mascarada, tirou das mãos dos acadêmicos a unilateralidade das narrações estelionatárias.
Acuados pela quebra recente de primazia de divulgadores dos fatos, os pesquisadores não tiveram outra saída a não ser se debruçarem de forma objetiva e tecnológica na leitura e na compreensão rigorosa do processo integralista, com o consequente desmoronamento do castelo de mentiras pré-concebidas que adotavam até então. Cumpre-se ressaltar que essa mudança abrupta de exegese interpretativa por parte dos ditos pesquisadores teve mais a ver
com a concorrência de iluminação da verdade, trazida pela cibernética, do que com a redenção inocente ou remorso por suas falcatruas de visão historiográficas. E falcatruas essas perpetradas por décadas a fio.
É público e notório que após o Congresso de 2004 houve uma explosão de teses, artigos, livros e documentos produzidos pela pesquisa histórica nacional acerca do fenômeno integralista. Um outro fato marcante e colossal foi a digitalização em massa dos livros integralistas e distribuição nas redes cibernéticas, o que trouxe ao grande público as fontes históricas verdadeiras dos acontecimentos. Não foi suficiente aos pesquisadores mais o caminho das inverdades que adotavam até então. Estudos sérios começaram a ser estruturados, não com aquela fórmula de clichê do mimetismo fascista que acusavam o Integralismo, mas com a versão lídima do que realmente aconteceu. Inclusive o transcurso do Movimento Integralista foi sendo delineado, observando-se a perspectiva moderna dos integralistas modernos. Isso realmente é uma inversão de paradigmas. O foco de desconstrução e achincalhamento foi duramente modificado pela comunidade acadêmica, que foi obrigada a abandonar a batuta do marxismo interpretativo em nome da pesquisa séria e verídica dos fatos.
Antes mesmo do Congresso já havia se constituído um grupo especializado em pesquisas do fenômeno Integralista no Brasil. Após a realização do Congresso o grupo tomou fôlego adicional e passou a amealhar mais participantes e houve então um aumento exponencial de trabalhos acerca do tema integralista e linearista. Isso pode ser averiguado no número de livros sobre o assunto atualmente. Interessante notar que os pesquisadores passaram também a compreender não somente o fato histórico estático do que representou o Integralismo, mas também a dinâmica do Movimento através dos tempos até chegarmos na atualidade. A desonestidade intelectual foi substituída por uma versão imune e liberta das circunstâncias políticas, sociais e filosóficas do fenômeno integralista e modernamente do
linearismo.
Esperamos que na esteira desse ressurgimento do Integralismo e no interesse que esse assunto desperta e despertou, os pesquisadores passem a analisar de forma imparcial os conceitos e dados do que realmente foi, do que é e do que será o Integralismo. O sistema vigente de ocultação da verdade não funciona mais com o advento da cibernética de
massa. Nem o ponto de vista de supostos intelectualóides travestidos engana mais ninguém.
Felizmente o triunfo da verdade se faz presente. E se fará.