O Integralismo no Brasil é bem diverso do Integralismo Francês de Charles Maurras, porque esse não passa de um “ nacionalismo Integral” com a preocupação de restaurar as tradições; diverso é também do Integralismo Lusitano, que transplantou o sentido tradicionalista da corrente gaulesa, com a tendência de reatar o processo social moderno ao espírito medievalista; e diferente é, por outro lado, não só do “ racismo” alemão, cuja tese da superioridade étnica exprime um prejuízo da cultura, como, ainda, do “ fascismo” italiano, ao qual somente nos ligamos no concernente à nova atitude do Estado, em face da luta social. Trata-se, portante, de um Movimento Original, genuinamente brasileiro, com uma própria Filosofia, um nítido senso destacado na confusão do mundo contemporâneo.
CHEFE PLÍNIO SALGADO, IN INTRODUÇÃO AO INTEGRALISMO, A.MACHADO PAUPÉRIO, 1936, EDITORA RECORD, PÁG. 125