A FARRA DOS BANQUEIROS

ALERTA NACIONAL

A federação brasileira dos banqueiros, propôs ao governo que assuma os prejuízos dos bancos privados que concederem empréstimos às empresas.O presidente da entidade, um funcionário da ABN Amro (que é uma sociedade entre o Banco da Escócia, o “Santander” e do governo holandês, que nacionalizou o terceiro sócio, a filial do “Fortis” belga), propôs no dia 18 de fevereiro, ao Ministro da Fazenda, que o governo forme um fundo a partir do BNDES, com cem por cento de recursos públicos, naturalmente, para bancar eventuais calotes que os bancos privados venham a sofrer de empresários benefiados por seus empréstimos.Como uma mão lava a outra, partindo-se do princípio de que o governo pague pelos inadimplentes, os bancos aumentariam o crédito para pequenas e médias empresas e não tendo prejuízos, poderiam generosamente diminuir a diferença entre a taxa que os bancos pagam pelo dinheiro que captam e a taxa que cobram dos seus clientes, ou seja, o chamado “spread” e se não correrem nenhum risco, então poderão reduzir o “spread”.Em outros termos, a “lógica” é a seguinte: o banco empresta o dinheiro para um empreendimento para que, se der certo e, o cliente pagar, o luco é do banco, mas se não pagar, o prejuízo é da sociedade que arca com os impostos.

O economista chefe da FEBRABAN, Rubens Sardemberg achou a proposta sensacional até mesmo para o governo, pois o problema só aparecerá “em caso de inadimplência dos beneficiados”.Bem, aqui nos defrontamos com um dilema: se o “spread” é alto em função do alto risco que correm os banqueiros em suas operações, por que não se sujeitam a cobrar zero de “spread”, já que não vão correr nenhum risco de “sair no prejuízo”?É óbvio o motivo pelo qual não agem desta forma. Se não fosse assim não conseguiriam atingir o seu magno objetivo de lucrar e manter o domínio plutocrático, não apenas sobre o Brasil, mas sobre o mundo, uma vez que são transnacionais, como já vimos no início do artigo.Assim, não correrão risco nenhum, a não ser os de sua irresponsabilidade nos cassinos em que se divide o “mercado financeiro”.

BACHAREL PAGH, Secretário Jurídico e Consultor do MIL-B.

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