A EXEGESE SOCIOPATOLOGICA DOS MAMONAS ASSASSINAS

A EXEGESE SOCIOPATOLOGICA   DOS MAMONAS ASSASSINAS

 

 

 

CÁSSIO GUILHERME, PRESIDENTE DO MOVIMENTO INTEGRALISTA E LINEARISTA BRASILEIRO MIL-B, FUNDADOR DO LINEARISMO

 

 

 

 

 

                               Aproxima-se a data em que se completam 20 anos da morte dos integrantes daquele grupo de música-rock-comediante, ou comediantes-piadistas-músicos, ou comediantes -críticos do Brasil , que faleceram em 1996, em decorrência de acidente aéreo,  e que em menos de 1 ano de existência conseguiram agitar e convulsionar a sociedade brasileira. Com “músicas” ao mesmo tempo debochadas, pornográficas, indecentes, críticas e um sem número de argumentos mais de irreverência, o grupo acordou a libertinagem e promiscuidade do povo, que aliás nunca estiveram  adormecidas.  . E por que falar desse grupo tanto tempo depois com um artigo de cunho nacionalista e espiritualista?? Simples, por que a trajetória fugaz e meteórica desse grupo de rapazes de Guarulhos poderá elucidar muito da compreensão que tínhamos e temos da realidade social do povo brasileiro e de suas características históricas e políticas. O fato social do grupo Mamonas Assassinas( outrora grupo UTOPIA)  vai balizar muito do conhecimento que adquirimos e somos testemunhas contumazes em se considerando as  atitudes da população brasileira como um todo.

 

                        Quem viveu aquela época se recorda que no início a Mídia de Massa, então reinante na época, sem a concorrência das Redes Sociais atuais e da internet, num primeiro momento, considerou o festival de besteiras e sandices daquele grupo novo como idiotice e contaminação de um ambiente cultural supostamente sadio dominante até então. À medida que a idiotice escrachada daqueles rapazes foi se tornando um comércio lucrativo e o povão foi se identificando com aqueles trejeitos, ao mesmo tempo malucos e sarcásticos dos rapazes, a Mídia se curvou e induziu ao povo a aceitar tudo goela abaixo. De excluídos repentinos a gênios da musicalidade deturpada. Isso representou naquele momento uma característica marcante da opinião coletiva brasileira: “ toda porcaria que se torne produto de consumo fácil, e que possa auferir lucros para alguém, é tida e convertida como de índole genial pela Mídia manipuladora, e imediatamente cai nas graças e no cortejo da esmagadora maioria”. A frivolidade do consumo justifica sempre qualquer produto exótico. Observem que as cabeças pensantes do país imediatamente se ajoelharam ( e se ajoelham ainda)  ao lugar comum das razões da massa, tudo em nome da bondade e leniência de princípios, em detrimento da lógica e dos preceitos éticos mais fervorosos. O Individualismo metabólico do Brasileiro sempre dá lugar a uma coletividade pragmática.

 

            Os pseudo-conservadores que torciam o nariz para as músicas depravadas dos rapazes, em questão de dias, se tornaram pacientes puritanos que achavam super engraçadinhas as crianças gritando palavrões e xingamentos de fazer corar os rufiões dos mais sórdidos lupanários de esquina. De repente outra característica sociopatológica do povo brasileiro aflorou em minutos; o conservadorismo e o puritanismo existem nos cidadãos brasileiros como pseudo engajamento de ocasião, nada tão sério que não possa mudar em questão de minutos ao sabor da contingência de mercado e da pressão da coletividade politicamente moldada. Que o digam os ultraortodoxos que defendem ferozmente a família e a tradição, mas vivem de enganar os menos favorecidos e programarem orgias transitórias( líderes religiosos, talvez).

 

                        Muitos dizem que os Mamonas abriram uma espécie de Caixa de Pandora das mazelas nacionais, em rede televisiva e ao vivo. Não foi nada disso!! A sordidez e a patifaria  da realidade nacional já estavam  livres e leves e soltas muito antes das presepadas dos Mamonas. Aliás, arriscamos em dizer até que a Idiotice é uma Instituição Nacional, com o beneplácito e benção sempre da Mídia de Massa a serviço dos Imperadores Internacionalistas que dominam o Brasil.  O fato original mesmo é que a Mídia de Massa  conseguiu transmutar oincontestavelmente ridículo na música brasileira ( que já não era novidade) em algo sério e respeitável bem diante de nossos olhos. E o pior é que os membros dessa Mídia fajuta continuam a exercer essa alquimia de transmutação,  até hoje, convertendo lixo em ouro, uma espécie de Rei Midas Eletrônico .

 

          O fenômeno Mamonas se inseriu rapidamente e com maestria no contexto de baboseiras e tolices do cotidiano brasileiro, sobretudo no dia a dia da politica e da economia nacionais. O que não era novidade nenhuma, apenas uma amplificação natural do Estado mental depravado e mordaz do brasileiro. E A Mídia bandida construiu o ápice de sua imundície de conteúdo vangloriando os vícios ocultos da Massa de abobados, regidos por um quinteto de patetas.

 

                        Ficarão sempre as perguntas: Os Mamonas foram a condensação da estupidez nacional ou foram a perspicácia da inteligência no meio de estúpidos da população e dos palermas da Mídia de Massa?? Efeito conjuntural ou doença endêmica da sociedade brasileira?? Fenômeno passageiro da lerdeza intelectual brasileira ou baluartes da cultura dentro de um sanitário hipotético dos costumes desregrados do povo brasileiro?? A Brasília amarela era um carro de verdade ou a capital do Brasil cheia de lama dessa cor?? Será que as  mensagens subliminares e o humor de duplo sentido característicos das letras dos Mamonas tinham como objetivo explicar ao público jovem o que significava suruba ou eram para esculachar o comportamento pouco convencional dos adultos no Brasil?? Será que a população se tornou conivente com a baixaria das músicas por questões culturais ou por influência de programas pútridos da Mídia Aberta durante anos??
GRUPO MAMONAS ASSASSINAS
                        Vamos nos lembrar  igualmente que os rapazes do Mamonas  iniciaram sua trajetória de “sucesso” com letras de músicas e performances teatrais que satirizavam o jeito português( de Portugal)  de ser e  a língua inglesa como brega ao tratarem dos assuntos preferidos do brasileiro; e que são sexo, luxúria e pantomimas com a vida alheia. Outra característica marcante do brasileiro se fez presente nas partituras de sarcasmos do Mamonas:  a de rir dos colonizadores e do modo de vida alienígena como forma de rir de si mesmo sem  necessitar se olhar no espelho. Uma terapia tupiniquim de complexo de inferioridade que sempre esteve em pauta na nossa História, sem dúvidas.
             Outra característica tão marcante da sociedade brasileira é sua inclinação visceral para a hipocrisia. Tudo que vem de fora é melhor do que o nosso e nós ainda podemos satirizar essa superioridade, esse o pano de fundo das histerias dos Mamonas e dos aplausos dos telespectadores ineptos.
                         Mas os rapazes começaram a gritar contra a desigualdade dos nordestinos em São Paulo, a vida mundana das pessoas em compras de “ Chopins Centis” e a dor dos cornos que viam suas esposas se prostituindo para complementar a renda das famílias. A felicidade do povo mediano era o crediário nas Casas Bahia.  Isso tudo num momento que o sonho do Plano Real e da estabilização econômica já mostravam desgaste visível e a população precisava renovar a sua fé na infalibilidade do programa secular governamental de pão e circo.
             A empulhação de besteiróis  e vulgaridades para distrair a ira de uma população supostamente revoltada por causa de tramóias  do governo sempre se traduz em uma supremacia da imbecilização cultural, como forma de desviar o assunto e enganar as Massas. Indubitavelmente, ficou latente naquele momento como nunca antes na História do País, que a midiocridade musical conseguiu dar voz ao povo que ria das patetices, muitas vezes um riso desdentado pela desigualdade social perene. E olha que antes e depois dos Mamonas essa verdade nunca  foi esquecida, pois a Bossa Nova, a Tropicália, o Chico Buarque, os Esquerdistas cantores, o É o Tcham, o pagode do fundo de quintal, o pífio Negritude Junior, as bandas de contestação,   o funk sexualizado e os programas de auditório de caricatos imbecis jamais deixaram os palcos da  televisão e do rádio, amestrando as tardes de sábado e domingo do povão envenenado pela indolência mental. A ausência de Força Moral do povo brasileiro e a glorificação da burrice sempre tiveram lugar garantido no pedestal do culto popular. Que o digam as eleições presidenciais e legislativas de analfabetos, animais de zoológicos ( bichos interessantes), cômicos fracassados e outras bizarrices que os Mamonas souberam interpretar tão bem. O sufrágio universal nas mãos do povo brasileiro sempre foi uma piada muito mais grotesca do que a música dos mais grotescos comediantes. Os Mamonas jamais poderiam competir com isso.
                         E Eis que no ápice da banalidade, do patético e da crítica amoral dos indivíduos, para a tristeza de alguns e alívio de outros, os rapazes do grupo Mamonas Assassinas morrem num desastre “ misterioso” de avião, avolumando aquele gosto lúgubre do brasileiro por notícias de desgraças, ao mesmo tempo que alimentavam os noticiários de conspiração de Forças Ocultas que derrubaram a aeronave. Até pactos espirituais com o Demônio em troca de sucessos foram assuntos recorrentes nos tablóides da Mídia Amestrada insana e corrupta, que tanto gosta de insanidades e corrupções para o entretenimento do gado populesco. E assim como apareceram, explosivos, atordoantes, engraçadinhos,  os Mamonas se foram de maneira explosiva e inexplicável( nem tão engraçada). Mas cumpriram seu papel de desmascararem a verdade nua e crua por trás dos fenômenos sociopatas e sociológicos da mente coletiva do povo brasileiro.  O efêmero da lascívia inconsciente nacional deu lugar ao passageiro artista que faz sucesso e entra para o gosto popular como herói nacional sem nunca ter feito coisa alguma para o bem da Nação.
          A fórmula mais rápida de obtenção de respeito do povo brasileiro talvez seja a que foi apresentada por aqueles garotos. O povo gosta de deboche, de palavrões suburbanos, de ostentação barata e sem sentido, de jovens que se macaqueiam com impropérios e trejeitos caricatos.

            A seriedade é uma virtude que, infelizmente,  passa longe da consciência nacional no Brasil. Talvez seja até motivo de piadas ser sério e fiel aos princípios aqui no Brasil. Postulados e paradigmas  amplamente aceitos e confirmados há décadas podem mudar em questão de segundos, caso a maioria do povo, induzida pelas Forças da opinião midiática, se agigante e pressione os baluartes da lucidez nacional.  E todos se animam a  mudarem e caírem no precipício da preguiça mental da nacionalidade de fachada. A Maria do Manoel da letra da primeira música do grupo Utopia, que se tornou Mamonas pois abandonaram as utopias, induz sempre os Maria vai com as outras ( sem trocadilhos)  a mudarem de opinião como um vira folhas, ou vira-roda-vira português. Os escândalos dos políticos brasileiros e as taxas de impostos e juros bancários no Brasil sempre foram assuntos muito mais sarcásticos e irreverentes do que os rapazes de Guarulhos jamais sonharam em interpretar.  Parabéns, Mamonas Assassinas. Vocês ofereceram a oportunidade de passarmos a limpo a consciência nacional em menos de um ano de existência. A Mídia criadora foi obrigada a consumir a sua criatura excêntrica.  O costume brasileiro de glamourizar quem morre teve seu efeito pretérito e final mais uma vez. Descansem em paz!!

O “FENÔMENO” MAMONAS ASSASSINAS 

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