A ESCRAVIDÃO FINANCEIRA
FRANCISCO ANÉAS, AMIGO E COLABORADOR DO MIL-B
Em 1994, final do Governo Itamar Franco, quando eu era membro da célula mãe do Movimento Nativista, juntamente com os coronéis Máximo e Barreiros que criaram a Centelha Nativista na Brigada Paraquedista, tomei conhecimento do problema real econômico do Brasil. No Encontro de Mendes, realizado num final de semana prolongado, num convento de uma cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, foram traçados alguns planos. Com o objetivo de evitar as privatizações no Brasil, se reuniram, agentes do extinto SNI, oficiais nacionalistas das Forças Armadas, engenheiros superintendentes da Petrobrás, diretores da AEPET e presidentes de sindicatos de empresas estatais estratégias. Observei a presença de Ricardo Maranhão que depois veio a ser Deputado Federal.
Dentre as palestras no referido encontro, aprendi, com Bautista Vidal do Movimento Nativista, a diferença entre riqueza real e riqueza fictícia (dinheiro), entre valor e preço contábil. Aprendi com Adriano Benayon, também do Movimento Nativista, como o Governo Mundial domina o mundo pelas finanças, pelo capitalismo financeiro. O Argentarismo que controla efetivamente os governos das Nações.
Em 1999, na ESAN, no curso de pós graduação em administração de empresas para engenheiros, o Jesuíta Araújo me ensinou a lógica da matemática financeira, o juros sobre juros. A perversidade dos ricos que escraviza as Nações. A bola de neve que cresce a cada volta. Como a quantidade de dinheiro do banqueiro cresce de forma exponencial segundo a taxa de juros cobrada do devedor pelo banqueiro.
Observei ao professor Jesuíta Araújo de que a quantidade de dinheiro do banqueiro crescia mais rápido do que o tamanho da economia. De modo que a riqueza do dinheiro ganho pelo banqueiro era contábil e fictícia, hoje virtual e existente apenas em números de computadores, favorecendo o poder de compra do banqueiro e barganha dos bancos. Transferindo renda do trabalhador em benefício do banqueiro. De que se tratava de um estelionato legalizado. Que o que ele estava ensinando estava errado. E o professor me chamou de marxista mas não me reprovou.
Este dinheiro fictício que o banqueiro rouba da sociedade não tem lastro, ele é garantido pela fé no sistema financeiro. Não passa de papel pintado como me ensinou Bautista Vidal. O dinheiro não é riqueza real, ele é uma promessa de dívida que determina o futuro da sociedade em benefício dos controladores do sistema, os Donos do Mundo. O papel podre é impresso pelos bancos centrais sem nenhum valor real no mundo real.
Os danos do capitalismo financeiro se agravam quando o banqueiro empresta dinheiro a juros para o Estado Nacional. O trabalhador trabalha para pagar impostos ao Estado. O Estado usa o dinheiro dos impostos para pagar juros aos banqueiros. De modo que o trabalhador passa a trabalhar para o banqueiro, num sistema de Escravidão Financeira indireto. Para impor limites ao poder financeiro dos banqueiros, os políticos nacionalistas devem criar uma lei que proíba o dinheiro dos impostos ser usado para pagar juros. E obviamente a Auditoria permanente das dívidas empenhadas.
A Escravidão é quando uma pessoa vive as custas do trabalho de outra pessoa. No passado tivemos o escravidão mercantil onde os escravos eram obrigados a trabalhar para os seus proprietários. No sistema atual de escravidão vivemos sob a Escravidão Financeira. Onde os escravos financeiros trabalham para sustentar os banqueiros a partir do pagamento de dívidas abusivas. Na Escravidão Financeira, o trabalhador tem a falsa sensação de liberdade, mas ele trabalha para ele e para o sistema financeiro, quanto mais ele trabalha mais o sistema ganha.
O capitalismo financeiro é uma arma ideológica dos Donos do Mundo para escravizar a humanidade. Uma ideologia religiosa baseada na fé do Deus Mercado, do Bezerro de Ouro, que nada mais é do que o poder dos detentores do grande capital apátrida.
Na realidade os banqueiros quando emprestam dinheiro a juros querem escravizar a humanidade. Quando a pessoa ou Estado pega dinheiro emprestado a juros, ela está vendendo o seu futuro e sua liberdade e dos seus descendentes. Participei do lançamento do livro, O Capital se Faz em Casa, de autoria de Barbosa Lima Sobrinho, também membro do Movimento Nativista.
As privatizações são negociatas realizadas pelos banqueiros apátridas, com o disfarce de liberalismo econômico, para transformar a riqueza fictícia obtida com a cobrança de juros em riqueza real. Com a transferência da propriedade das empresas estatais estratégias de propriedade do povo brasileiro para os banqueiros apátridas. As empresas criam riqueza real enquanto os bancos criam riqueza fictícia.
Pelo o exposto aqui, hoje eu defendo o não pagamento da dívida pública aos bancos privados, a estatização dos bancos e a criminalização da usura e a tachação de grandes fortunas. O fim da Escravidão Financeira.